Maior órgão do corpo humano, a pele é uma fronteira que separa o homem dos outros seres vivos. Expõe as marcas do tempo, revela nossas experiências e nosso estado emocional, reflete as nossas raízes e as diferenças biológicas e geográficas. Uma camada superficial do corpo que revela muito do que somos e o que já passamos. Ao contrário do que possa parecer, o filme de Almodóvar não se limita ao estudo científico da pele e tampouco suas peculiaridades estéticas. O que há por trás do filme é uma complexa discussão moral envolvendo amor, ódio e vingança.
«A Pele que Habito» conta a história de Richard Legrand, um renomado cirurgião plástico que trabalha incansavelmente em um projeto misterioso onde deseja obter «fórmula da pele perfeita». Toda essa obsessão tem um motivo. Richard viu a sua vida desmoronar após perder sua esposa num trágico acidente onde a mesma teve o corpo completamente incinerado. Buscando uma espécie de redenção, ele parte em busca do seu objetivo não levando em conta os métodos que serão utilizados para isso.
O personagem, interpretado com maestria por Antonio Banderas, é um tipo incomum e claramente desequilibrado. Richard mantém uma mulher misteriosa em cativeiro na sua casa (que possui um laboratório e um mini centro cirúrgico). Até certo ponto do filme, não sabemos porque ela foi a escolhida, qual é a sua origem e sua motivação de estar ali. Aos poucos percebemos que o sofrimento de Richard vai além da morte da esposa e que sua obsessão é motivada não só por amor, mas também por vingança. Revelar mais do que isso significaria estragar a virada da história.
Através de flashbacks, o filme vai construindo uma sequência de fatos que prendem o espectador numa tensão absurda. Não há exageros de efeitos, trilha sonora e movimentos de câmera. O terror vem da possibilidade de aquilo tudo acontecer na «vida real». A escolha de ambientar o filme em 2012 (um futuro próximo, já que o filme é de 2011) foi proposital e me parece bastante pertinente em tempos de uma incensante busca da perfeição técnica.
Almodóvar não poderia ter escolhido um argumento tão interessante para um filme diferente de tudo que já fez na carreira. Um terror psicológico que explora a fundo a obsessão de um Frankenstein moderno.
at 13:42
Sou LOUCA para ver esse filme!!!!
Pow Joãozito, se tiver me empresta?? rsrsrs
=P
at 17:12
Ô Pri.. infelizmente eu não tenho =/
at 11:04
João eu assisti o filme e realmente é muito tenso. Sou apaixonada por toda obra de Almodóvar, e, realmente esse me surpreendeu…
Parabéns pelo blog
at 12:47
Esse filme eh MUITO bom, eu recomendo mesmo!
sem exageros vale a pena mesmo!
abraços
at 15:21
o Almodovar é um ótimo cineasta. Pra mim ele está no patamar dos grandes diretores hollywoodianos. Todos os seus filmes são maravilhosos
at 19:16
Só a parte da mudança de voz do personagem que eu não entendi…
at 1:05
Realmente o filme é ótimo e mexe com o psicológico de qualquer pessoa, fui ver ele no cinema por acaso, sim por acaso, pq eu queria ver outro filme e não estava ainda passando aqui ¬¬’ fiquei inquieta no final do filme, dá uma agonia, o pior é você tentando desvendar as coisas durante o filme, e no final tu vê que a única coisa que você não pensou é que é o final do filme! hahahaha um confusão muito boa, recomendo a todos!
at 2:41
Mto Mto bom o filme.
at 13:13
Oi João!!! Tudo bem?
Então, eu adoro Terror psicológico. Eu particularmente caracterizei este filme como Terror Fino, hahahahaha
Gostei mto desse trabalho de Almodóvar, e de fato, bem diferente de tudo que já assisti dele.
Abs!
at 20:06
«A Pele que Habito» é sensacional! Um dos poucos filmes cuja reviravolta é anunciada para a plateia no meio do longa e isso não prejudica em nada o resto do desenvolvimento da trama. Pelo contrário, após a gente descobrir tudo, «A Pele que Habito» fica ainda melhor. Aquela cena final, pra mim, foi o melhor momento do cinema em 2011.
at 11:04
Gostei bastante! Almodóvar em sua melhor forma, mas o roteiro, pra mim, não foi tão grande coisa assim. Quando ele sequestra o personagem já dá pra perceber o que ele vai fazer e tudo mais. Aí o suspense em cima da Vera já acaba, mas enfim, é um bom filme!
at 17:03
Belo blog.
Cumprimentos cinéfilos!
O Falcão Maltês