Taylor Schilling e Zac Efron em cena de "Um Homem de Sorte"

Nicholas Sparks já é figura conhecida do público tanto pelos seus best-sellers, que sempre encabeçam a lista dos mais vendidos no mundo inteiro, quanto pelas adaptações para o cinema. O perfil caricato dos personagens e as dificuldades que cercam o casal protagonista seguem um molde parecido desde a primeira adaptação. Na maior parte dos romances, o amor é uma válvula de escape para alguma tragédia que é preciso ser superada para que os personagens possam viver “felizes para sempre”.

Em “Um Homem de Sorte” não é diferente e dessa vez é a guerra do Iraque que serve como ponto de convergência da história. Durante uma de suas missões, Logan Thibault (Zac Efron) sobrevive a um bombardeio e retorna do serviço com o que ele acredita que salvou sua vida, uma fotografia que encontrou no meio dos escombros de uma mulher que ele nunca tinha visto antes.

Ao descobrir o seu nome e onde ela mora, o sargento caminha até uma pequena cidade onde Beth (Taylor Schilling), a garota da foto, mantém um abrigo para cachorros. Apesar da desconfiança inicial de Beth, surge um romance entre eles, mas a partir disso eles têm que lidas, entre outras coisas, com os conflitos de Beth com o ex-marido (Jay R. Ferguson), pai do garoto Ben (Riley Thomas Stewart).

“Um Homem de Sorte” funciona bem durante os minutos iniciais, onde o personagem de Zac Efron é apresentado em cenas bem executadas durante a guerra. Uma pena que a tensão e a ameaça real apresentada no início do filme é esquecida de uma hora pra outra para dar lugar ao romance de Beth e Logan. Saímos de um cenário hostil da guerra do Iraque e logo depois vemos um veterano de guerra trabalhando em um canil do interior.

Surpreendentemente, há uma boa química entre Zac Efron e Taylor Schilling, mas somente o carisma dos dois não é suficiente para sustentar uma história de amor que tem um evento tão trágico como pano de fundo. Não há surpresas, nem sequer uma tentativa de fugir da fórmula clichê, que nesse caso foi mal aproveitada. Apesar de fiel ao romantismo do livro, “Um Homem de Sorte” não é capaz de empolgar e nem criar expectativas no público, afinal, está tudo às claras desde a narração em off do início do filme.

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