Com o lançamento de «Batman – The Dark Knight Rises», um dos filmes mais esperados do ano nos cinemas de todo o mundo, reunimos a equipe do Cinemosaico para um post pra lá de especial contando tudo aquilo que mais nos chamou atenção sobre o homem-morcego nas diversas mídias em que apareceu até hoje.

Batman e a série animada – Tiago Fernandes

Eu já conhecia o Batman dos quadrinhos, desde os seis anos de idade. Comecei lendo o Superman e depois fui conhecendo os outros heróis do Universo DC, como o Lanterna Verde, Capitão Marvel e o Batman.

Mas algo que marcou profundamente a minha conexão com o personagem foi a animação da década de 90, conhecida como Batman: The Animated Series. Toda a história e o visual do desenho foi criação de Bruce Timm e trouxe uma nova era na história dos desenhos baseados em personagens em quadrinhos.

Os enredos dos episódios flertavam com os quadrinhos e com os dois filmes de Tim Burton. Uma aura extremamente noir, com uma trilha sonora empolgante que tinha seus arranjos inspirados nas composições de Danny Elfman e uma excelente dublagem, tanto em inglês como em português, fizeram de Batman: The Animated Series uma série vencedora de quatro prêmios Emmys e responsável pelo novo Universo DC que aparecia na TV, gerando outras animações do próprio Batman, do Superman e da Liga da Justiça.

Qual fã de quadrinhos não queria ver um Batman imponente, dando porrada nos bandidos e super criminosos, com astúcia, inteligência e sabedoria nas investigações? Usando um dos Batmóveis mais belos da história do Homem Morcego e abordagens magníficas de vilões consagrados, como Mark Hamill, o eterno Luke Skywalker, dublando o Coringa?

Essa animação com certeza, marcou o Batman positivamente para mim!

Batman e a série desgraçada – João Linno

Nem tudo é lindo no universo Batman, pelo menos no cinema. Apesar de amarmos o defensor de Gotham City, não podemos ignorar os dois maiores erros em termos de adaptações da franquia: Batman Eternamente (1995) e Batman e Robin (1997), ambos sob a direção de Joel Shumacher. No primeiro filme, Shumacher optou em colocar Val Kilmer na pele do Batman, o que ao meu ver foi um grande erro, já que o ator não transmite a personalidade e emoção que o personagem necessita. O Robin de Chris O’Donnel não acrescenta nada a história, sendo apenas mais um chamariz para a garotada ir ver o filme.

Que isso, Bruce Wayne, que isso?

Já Batman e Robin (1997) é considerado por muitos uma ofensa a integridade moral do Batman. Apesar de George Cloney ser melhor ator do que Micheal Keaton (de «Batman» e «Batman – O Retorno») e Val Kilmer («Batman Eternamente»), o filme é tão cheio de falhas que nem deixa espaço para uma boa interpretação. Se perdendo entre luzes astronômicas e uma festa de cores sem sentido, Arnold Schwarzenegger (que se afundou de vez no papel de Mr. Freeze) e Uma Thurman (Hera Venenosa) parecem personagens saídos de algum desfile de escola de samba. Se a intenção de Joel era contrapor o tom sombrio característico de Tim Burton nos filmes anteriores ele conseguiu. Da pior forma.

Batman’s Burton –
Felipe Martins

As histórias do Homem Morcego apesar de serem bem antigas (década de 30), só receberam a primeira versão cinematográfica em 1989. Com o então aspirante à cineasta de sucesso Tim Burton, Batman rendeu grandes elogios da crítica e também um Oscar de Melhor Direção de Arte, atividade também realizada por Tim. Devido a este sucesso, a história do herói de Gothan City, teve mais sequências. Foi um grande sucesso de bilheteria, e junto aos inúmeros produtos licenciados rendeu mais de U$ 400 milhões. Burton trabalhou diretamente com os três primeiros longas.


Batman Returns (1992), segundo filme da saga de Burton, foi um sucesso de crítica e bilheteria tal como o antecessor, apesar de ser considerado bem mais sombrio que o primeiro. Mas, de fato, esta é a maior característica do diretor, não é mesmo? Há quem diga que Tim não queria participar desta produção, por ainda está muito ligado ao primeiro, talvez por isso tenha levado o filme para este tom sombrio. Neste, nos é apresentado novos personagens como a linda Mulher Gato, vivida por Michelle Pfeiffer, e o asqueroso Pinguim, interpretado pelo hilário Danny DeVito.

O terceiro longa da saga, Batman Forever (1995) teve Tim Burton como produtor, e não mais no papel de diretor, como nos dois primeiros. Apesar da conturbada produção do filme, ele foi um sucesso de bilheteria se tornando o segundo filme mais lucrativo do ano. Perde o tom sombrio e passa para um tom familiar. Nesta história fomos apresentados aos vilões Duas Caras (Tommy Lee Jones) e Charada (Jim Carrey).

Batman e Mulher-Gato – Deise Luz

Quando eu penso no Batman eu penso nos filmes do Batman, e quando eu penso nos filmes do Batman a personagem mais marcante que me vem à cabeça é a Mulher-Gato. É impossível, pra mim, não associar os filmes do Homem-Morcego com aquela cena em que Selina, interpretada por Michelle Pfeiffer no filme de 1992, passa pelas transformações que a levam a assumir uma nova identidade. Acho simplesmente icônico o momento em que ela está em casa e tritura seus bichinhos de pelúcia, costura sua fantasia de couro, constrói suas unhas afiadas e é tomada pela personalidade da Mulher-Gato.

Não conheço as performances das outras atrizes que interpretaram o papel, então não posso comparar, mas, ainda assim, acho que Michelle Pfeiffer se saiu muito bem. Ela estava sexy, louca, perigosa e traiçoeira e incorporou toda aquela atmosfera esquisitinha própria de Gotham City e própria, principalmente, da Gotham City que Tim Burton imaginou pro Batman Returns.

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