Considerando o fato de que o Brasil (sobretudo o Rio de Janeiro) vai sediar dois eventos de proporções globais daqui a poucos anos, Rio chega aos cinemas mundiais num momento bastante favorável. Funcionando mais como um belo guia turístico do que uma aventura cômica, o filme descreve o Rio de Janeiro como o paraíso na terra, tendo em seu visual o maior mérito de toda a produção.
Na história, Blu (voz de Jesse Eisenberg, A Rede Social, Adventureland) é uma arara azul que nasceu no Rio de Janeiro mas, capturada na floresta, foi parar em Minnesota, nos Estados Unidos (ou «Not-Rio», segundo a legenda do filme), onde é criado e «mimado» por Linda (Leslie Mann). Após anos convivendo com a garota, Blu descobre que é o último macho da espécie e precisa ir ao Rio de Janeiro para encontrar Jade (voz de Anne Hathaway, Amor e outras drogas), uma arara fêmea com quem viverá altas aventuras em terras brasileiras.
Carlos Saldanha, diretor brasileiro responsável pelo sucesso da trilogia A Era do Gelo, retratou cuidadosamente o local onde nasceu, deixando transparecer uma visão bastante saudosista da cidade maravilhosa. Do vôo por cima do Cristo Redentor, a uma panorâmica por traz da favela que termina numa bela imagem da baía de Guanabara, o filme impressiona pelo realismo das imagens, sempre «pintadas» com cores vivas e quentes.
A escolha da trilha sonora (contribuição de Sérgio Mendes e Carlinhos Brown), é mais um dos pontos fortes da animação. Mistura clássicos do próprio Sérgio Mendes (Mais que nada, Valsa Carioca) e de cantores influentes na MPB como Bebel Gilberto a música eletrônica do Will.i.am e Jamie Foxx (que também participam da dublagem original do filme).
Por outro lado, o roteiro pouco ousado assinado por Don Rhymer (o mesmo da série Vovó… Zona), tira um pouco do potencial narrativo que a história teria se fosse pensada com mais cuidado. Mas nada que prejudique a beleza e os encantos dessa importante produção. Rio não é inovador na sua abordagem, mas vai ficar marcado como um belo cartão postal com mais efeitos positivos do que qualquer campanha turística que já tenha sido feita no Brasil ou «lá fora».
at 15:22
Nossa, estou muito ansioso para ver esse do Saldanha, mesmo sendo o mesmo roteirista de Vovo Zona (um puta contra), mas pela MPB e pelo Rio de Janeiro mesmo, se causar boa impressão aos gringos, tanto faz se tem uma trama ou não (nesse caso!!)!
at 17:43
bom, não tendo cenas de sexo (o que não me parece ter a ver com o Saldanha), então realmente seria um dos melhores cartões postais que mandamos ao exterior, de acordo com suas apreciações ^^
quero verrr *-*
at 18:45
Barbara, os velhos clichês da mulata carioca, o samba, carnaval e futebol aparecem bem fortes no filme (isso tem gerado revolta em alguns falsos patriotas de plantão), mas a beleza do filme supera essa visão caricata do nosso país. Eu curti.
Abraço;
at 18:51
Tb acho que a escolha do roteirista foi equivocada. Eles perderam a chance de aproveitar um visual maravilhoso e lançar um roteiro de primeira (como a Pixar geralmente faz);
at 18:54
Mesmo com toda a baladação em torno do filme, não estou tão entusiasmado para conferir…. Enfim, qualquer hora dessas eu vejo.
at 22:47
Ainda não assisti a este filme. Mas, tô com altas expectativas, justamente por ser a primeira grande animação do ano a estrear nos cinemas.
at 23:08
Já tinha visto o trailer.. e amei! Quero muito assistir 🙂
Bjo
Rafaella Maia
http://euqueroserpop.blogspot.com
at 11:13
Vou assistir a animação hj!!!
to acreditando que vou gostar
depois eu conto ok?
bjs
at 13:24
Ok Itala. Espero que goste xD
at 14:52
Convenhamos, é um filme fraquinho mas não chega a assustar não. De fato nao curti a visao muito caricata do brasil, mas aposto que as crianças devem se divertir a beça, mais que nos adultos com Rio. Vale a pena levar seu filho, sobrinho etc.
at 10:19
Também não gostei dos estereótipos que foram incluídos no filme. Não falei deles aqui para não entrar em discussão geopolítica, como vi em tantos outros lugares.
Abs.
at 2:49
Acho que criei muita expectativa com Rio.
Meu primo, que assistiu comigo, adorou. Até hoje ele, quando me encontra, sempre arruma um jeito de dizer que algo é "desnecessário".
Também escrevi um comentário sobre ele no meu blog e tive a mesma impressão sobre o realismo das imagens.
Arara sambando pra mim, foi demais.
http://centraldecinema.blogspot.com/2011/04/comencritica-rio.html