Jean-Claude Camille François Van Varenberg, ou simplesmente Van Damme. O lutador profissional que saiu de uma pequena cidade na Bélgica para se tornar um dos mais famosos ícones do cinema de ação em hollywood. Quem não se lembra do estrondoso sucesso de O Grande Dragão Branco, KickBoxer, Soldado Universal e tantos outros exemplos de filmes explosivos.
Mas não é nessa categoria de filme que JCVD se enquadra, apesar de várias referências ao estilo e a seus principais defensores. O filme autobiográfico de Van Damme surpreende justamente por ir contra toda aquela imagem construida sobre o ator em toda a sua carreira. Sob a direção de Mabrouk El Mechri, o filme revela a fragilidade e a frustração de um astro hollywoodiano em decadência.
Van Damme, o mito das artes marciais não aparece imponente distribuindo seus poderosos golpes nos adversários. Ele está quebrado. Lutando pela guarda da filha, envolvido com drogas, esquecido pelos produtores e sem dinheiro. É estranho vê-lo dessa forma, ao mesmo tempo é uma experiência interessante, que nos leva a entender os fatores responsáveis pela ascensão e queda do artista.
Há quem alegue que nenhum daqueles astros da escola de ação dos anos 80 era «ator de verdade». Para mim, pouco importa. Se o objetivo daqueles filmes era entretenimento descartável, porque não colocar lutadores de verdade para dar porrada? Nada mais óbvio. Mas em JCVD, não é isso que está em jogo. Com uma direção competente e atuação corajosa, o filme mostra um retrato fiel de um personagem desiludido com a fama, dinheiro, mulheres e amizades.
Van Damme surpreende em sua interpretação. A cena principal, um monólogo onde o ator expõe toda a sua insatisfação com pessoas envolvidas na sua carreira, é a prova de que ele não poupou a sua imagem de herói em função do filme. Pode parecer fácil interpretar a si mesmo, mas nem todo astro porradeiro estaria disposto a admitir que falhou – em todos aqueles filmes de ação, eles sempre resolvem tudo, não é mesmo?
at 2:39
O que me emputece é saber que esse nanico fdp ficou metido p caralho depois desse filme e recusou participar de "Os Mercenários". Parece que ele achou que por ter conseguido mostrar um pouco de "talento" na interpretação de um personagem que não respira socos e pontapés, não ia ser legal participar de um filme onde teria o trabalho de explodir e matar as pessoas. Ok. Teria sido (quase) aceitável, mas o fã da Gretchen me aparece em Soldado Universal 3. Tipo… Van Damme, toma vergonha na cara! hahaha
Mas esse filme é bem legal mesmo.
at 12:00
Concordo contigo. Ele alegou que na época de "Os Mercenários" estava trabalhando em outros "projetos importantes" e me vem com Soldado Universal 3. Vacilou.
at 12:01
Sou fã de Jean-Claude Van Damme e acho que apesar de toda aquela força física, ele sempre demonstrou uma fragilidade latente, ao contrário de alguns de seus colegas do cinema de ação dos anos 80 e 90.
at 12:26
Dá pra perceber um pouco disso naquele filme "O Alvo".
at 14:24
Não gosto muito de filmes com o Van Damme, não sei por quê. Mas alguns trabalhos realmente valem a pena conferir.
Vanessa Sagossi
comentandoofilme.blogspot.com
at 22:09
Ainda não assisti a este filme, mas fico curiosa a respeito da sua premissa e, especialmente, de ver a tentativa de Jean Claude Van Damme de se reinventar.
at 18:49
Oi Kamila. Recomendo que você veja. Aquela imagem de fortão imponente do Van Damme dá lugar a uma sensibilidade pouco vista em filmes dele.
Abraço;
at 18:54
Eu sempre admirei o trabalho de Van Damme e toda aquela turma dos filmes NAPALM. Só que de uns tempos pra cá, as produções desse gênero deixaram os fãs bem decepcionados (como o "Soldado Universal 3", citado pelo 2T no comentário anterior)
at 18:49
Tive oportunidade de assistir este filme, e digo que sem sombra de dúvidas de que ele é realmente surpreendente e emocionante. Como já dito acima, o monólogo de Jean Claude, é uma das cenas mais memoráveis e emocionantes que já assisti. É uma pena que por seguir uma linha tão difícil, o filme acabou não se tornando tão comercial. Mas com certeza será lembrado, como uma das melhores pseudo-cinebiografias do cinema.
at 0:50
Nossa! O filme é de 2008 e eu nem sabia.
Muito interessanre esse papel dele. Ele interpretando ele mesmo em uma ficção meta-históriográfica, em que ele simula uma realidade.
E ainda por cima tem metanarrativa!
Não me interesso muito por esse gênero, mas vou assistir só por causa dessas características.
Ótima recomendação!
at 17:02
Fica a dica. Vale a pena ser visto.
at 17:03
É bem difícil ver as pessoas comentando sobre esse filme. Certamente é mais uma obra que será descoberta com o passar do tempo.