Uma celebração à vida e novas descobertas no velho continente. Assim é «Albergue Espanhol», do diretor e roteirista Cédric Klapisch. Com uma história simples e roteiro bem amarrado, o francês consegue um bom resultado tendo como pano de fundo uma das mais famosas cidades européias.
O filme conta a história de Xavier (Romain Duri, Como arrasar um coração), um estudante francês que recebe de um chefe do governo uma ótima proposta emprego caso aceite se mudar provisoriamente para a Espanha. Durante sua estadia em Barcelona, Xavier se dedicaria aos estudos da economia espanhola, além de ter a oportunidade de aprender um novo idioma. O jovem não pensa duas vezes. Deixa a mãe e a namorada na França e parte rumo a uma aventura que lhe reserva boas surpresas.
Logo que pisa no território espanhol, o jovem se dá conta que não será tão fácil viver longe da sua terra natal. Há poucos apartamentos disponíveis para aluguel na cidade, isso o obriga inicialmente a se hospedar na casa de Anne Sophie e Jean Michel, um casal que conheceu no aeroporto da cidade. Felizmente, Xavier encontra vaga num albergue estudantil, uma moradia diferente de tudo que ele havia imaginado.
O lugar não é um exemplo de conforto, pelo contrário. Um pequeno e bagunçado apartamento no centro de Barcelona, onde seus moradores tiveram que aprender a conviver sem desrespeitar o espaço um do outro. No local vivem cinco estudantes de diferentes locais da Europa: um alemão, um italiano, uma espanhola, uma inglesa e um finlandês. O francês Xavier chega para completar o time, marcado pela mistura de nacionalidades.
O ponto-chave do filme é a forma com que os personagens (tão diferentes entre si) conseguem conviver num espaço tão limitado como essa pequena república estudantil. Fica claro ser uma analogia do diretor às próprias nações da União Européia ali representadas. Num mundo perfeito, Espanha, Itália, Alemanha, Inglaterra, Finlândia e França viveriam respeitosamente como aqueles estudantes.
Interessante ressaltar que mesmo falando de imigrantes e globalização, o filme não cai no erro de estereotipar nenhuma nacionalidade. Um bom exemplo de que o diretor pensou nessa possibilidade foi incluir um personagem “engraçadinho” que tenta fazer isso durante o filme e é rejeitado pelos demais.
Tudo no filme é mostrado de forma leve e descontraída, desde um professor catalão que se recusa a dar aulas em castelhano, a uma jovem inglesa que quer só “dar uns pegas” num americano. «O Albergue Espanhol» é um bom retrato da juventude européia com o mérito de conseguir retratar a convivência entre diferentes povos sem qualificar este ou aquele país.
at 12:46
Obrigada por comentar, gostei muito do blog! Sorte!
at 13:33
Obrigado pela visita.
at 13:34
Bacana, não conhecia o filme e nem sabia que tinha a Tautou no elenco. Vou procurar vê-lo!
abs.
at 13:56
Bem legal seu texto. O único detalhe é que você associou os atores com o que eles fizeram agora – depois de participarem de OLara Mello Albergue Espanhol. Kelly e Cécile eram praticamente desconhecidas do mundo antes disso.
Mas obrigada pela visita ao Projetor! Volte sempre. Eu voltarei 🙂
at 14:11
valeu pelo toque, modifiquei isso.
Abs.
at 21:29
Tenho uma amiga que adora esse filme. A gente já falou muito sobre ele, mas ainda nunca tive a chance de conferir. Parece ser uma ótima obra, cheia de rostos conhecidos do cinema francês.
at 14:23
Confira mesmo. Espero que vc goste tb.
bjos.
at 16:21
Pode-se dizer que é um pequeno classico do cinema, na época que vi tava bem nessa vibe do ator principal, mas continuo aqui sem sair do lugar hehehe
at 19:54
Concordo. Pode ser considerado um pequeno clássico.