The Elder Scrolls V: Skyrim foi eleito pela VGA (Vídeo Game Awards), como o melhor jogo do ano de 2011, superando grandes concorrentes como “Batman: Arkham City” e “Call of Duty: Modern Warfare 3”. Além desse prêmio, o jogo ainda levou o título de Melhor RPG. Porém, Skyrim, como é conhecido, fez por merecer suas vitórias?

A história desse game se passa 200 anos depois do seu antecessor “The Elder Scrolls IV: Oblivion”.  Nas terras nórdicas conhecidas como Skyrim, os dragões que estavam a muitos séculos extintos voltam a aparecer e destruir tudo em seu caminho. Até o momento em que o último homem com sangue de dragão, o Dragonborn ou “Dovahkiin” , surge para enfrentar as feras de igual para igual. Sim, um homem sozinho enfrentando dragões milenares e é você quem controla o Dragonborn!

A muitos anos sou fã de jogos de RPG, desde Diablo, Baldur’s Gate e Ice Wind Dale e uma coisa eu posso afirmar: Skyrim tem um poder de imersão extremamente poderoso. Você não consegue jogar por apenas 1 hora! É preciso muita concentração para não se perder na fantasia e no enredo fabuloso que a Bethesda criou.

Irei destrinchar o jogo em 3 pontos principais: história, jogabilidade e gráficos. Essa trindade faz com que Skyrim seja tão envolvente quanto desafiador.

HISTÓRIA

Skyrim está em uma guerra civil. Os Thalmor controlam os reinos através do Império, enquanto alguns nórdicos se rebelam contra esse novo sistema de poder, através do líder Ulfric e seus Stormcloaks. Em todo o mapa, algumas cidades estão do lado do Império, outras ao lado dos rebeldes e algumas cidades se mantêm neutras em todo o conflito. Em meio a isso tudo, o jogo começa com você preso por engano e em cima de uma carroça ao lado de Ulfric para ser executado por traição ao Império.

No exato momento em que seu personagem está prestes a perder a cabeça na execução, o dragão Alduin aparece na pequena cidade e destrói tudo. Sendo um dos poucos a se salvar do massacre, sua missão começa indo para a cidade de Riverwood, onde inicia a sua jornada nas terras nórdicas.

Todos os personagens que você encontra são interativos. É possível conversar, brigar, roubar ou ajudá-los em alguma missão.  São nessas interações que você descobre que você é o Dragonborn, um humano com alma de dragão, que após matá-los absorve sua alma e fica mais poderoso para usar seu maior poder: a Voz.

A Voz é o poder maior do Dovahkiin. Tida como a “Língua dos Dragões”, cada palavra possui um poder específico e a junção delas cria uma energia extremamente poderosa, sendo a expressão “Fus Ro Dah”, que significa “Força Implacável”,  uma das mais fortes e mais utilizadas.

Seguindo o Caminho da Voz, o Dragonborn sai em busca de informações em toda a Skyrim para poder impedir o fim do mundo que é anunciado com a volta do dragão Alduin e seus dragões seguidores. Para enfrentar essa ameaça, você conta com a ajuda de Dephine, uma das últimas remanescentes dos Blades, um grupo de guerreiros que tinham como sua meta de vida ajudar o Dragonborn a proteger Skyrim dos dragões.

Como dito anteriormente, Skyrim está em uma guerra civil. Ulfric, o Jarl (algo como governador) da cidade de Windhelm matou o Rei de Skyrim, estabelecido pelo Império. A muitos anos tendo seu poder minado aos poucos pelos elfos de Thalmor, o Império e a Legião Imperial estão em uma derradeira batalha contra os Stormcloaks de Ulfric, além de terem que proteger suas cidades dos ataques dos dragões. Cada passo de uma facção, é uma ação que pode atingir você diretamente na história.

JOGABILIDADE.

É dentro da complexa história que se forma ao seu redor que a jogabilidade se sobressai. A interação entre os personagens é absurdamente alta. Cada conversa leva você a uma tomada de decisão que pode interferir diretamente nos rumos de cada facção. Seja se unindo a Legião Imperial ou aos Stormcloaks, ou até mesmo se mantendo neutro no conflito, cada frase que você escolhe é uma decisão que não pode ser revertida.

Além desse novo aspecto do jogo, a evolução do personagem é mais fluida.  É criado um micro gerenciamento de poderes, onde não é necessário que o jogador fique distribuindo pontos ao final de cada batalha. Se é utilizado um machado de duas mãos o tempo todo, sua habilidade com duas mãos será maior que com um arco ou com uma espada de uma mão e assim em diante. Quanto mais você usa uma determinada skill, mais ela irá aumentar.

Você pode ser um guerreiro, um mago, um ladrão, um assassino, um arqueiro… são infindáveis opções. Além da classe que você escolhe, é possível entrar para uma das 3 guildas existentes no jogo: a Guilda dos Ladrões, a Irmandade Sombria dos Assassinos ou a Guilda dos Mercenários. Tenha em mente que cada decisão que você tomar dentro de uma dessas guildas, pode acabar atrapalhando toda sua missão principal.

GRÁFICOS

A Bethesda melhorou consideravelmente os gráficos nesse quinto jogo da sua série. Os movimentos acontecem de um modo mais realista e dinâmico. Em cada local do mapa, as leis da física foram perfeitamente aplicadas e com todo um cuidado exemplar para as transições do ambiente, seja ele na neve, chuvoso ou no meio das montanhas.

A preocupação em cuidar de todos os detalhes gerou um resultado belíssimo. As paisagens por toda a Skyrim são extremamente lindas. Na beira do rio, no alto das montanhas, nos bosques, até mesmo nas cavernas ou perto dos cemitérios dos dragões, tudo tem um cuidado e uma qualidade visual que nunca vi em nenhum outro jogo de RPG. Aliada a história, o visual realmente leva você a um universo de fantasia.

Os personagens ganharam uma Inteligência Artificial mais eficiente e elaborada, gerando reações e expressões faciais diversas e mais humanas que dos jogos anteriores. O único problema vem do gameplay, que pode não ser tão primoso como o do “Batman: Arkham City”, mas não deixa a dever.

Respondendo a pergunta lá no ínicio do post: Skyrim mereceu todos os prêmios? Sim. Mereceu todos os prêmios que ganhou e ainda soltou um sonoro “Fu Ros Da” nos seus concorrentes!

Mas, antes de você se empolgar e ir se aventurar como um Dragonborn matando dragões a torto e a direito, uma dica importante: The Elder Scrolls V: Skyrim não é um game para um jogador casual. Para alguém que joga esporadicamente não vale o investimento, pois é necessária uma boa bagagem em outros jogos de RPG para poder compreender alguns comandos e a premissa.

Quem gosta e curte jogos de RPG é um prato cheio e dificilmente irá aparecer um jogo que rivalize com ele. Ao não ser quando a Bethesda anunciar a continuação dessa obra de arte!

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