Demônio (Devil)«Portanto sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar.» (I Pe 5:8)

Imagine-se preso num elevador com mais quatro pessoas desconhecidas sabendo que uma delas não é o que aparenta ser. Assustador? Pois é o que acontece em «Demônio», longa dirigido pela dupla de desconhecidos Drew Dowdle e John Erick Dowdle. O filme ganhou um certo destaque na mídia porque a mente criativa de M. Night Shyamalan (O sexto sentido, A dama na água) está por trás do projeto.

Na trama, cinco pessoas que nunca se viram ficam presas num elevador quebrado de um arranha céu comercial (o que já seria motivo de pânico). As coisas pioram quando estranhos e violentos acontecimentos começam a surgir dentro do pequeno espaço provenientes de uma ação demoníaca. Isso mesmo, uma dessas pessoas é o próprio demônio, tragando suas vítimas dentro do elevador.

Nas palavras do apóstolo Pedro (que aparecem logo no início do filme), o diabo é um inimigo astuto que conhece muito bem as fraquezas de suas vítimas por observá-las em seus momentos mais delicados. Baseando-se nesse conceito, o filme avança e então percebemos que cada uma das cinco pessoas presas naquele elevador, possui algo em seu passado que as torna responsáveis pelo seu (terrível) destino.

Durante os últimos anos, o nome do M. Night vem sendo vinculado a obras decepcionantes seguidos de fracasso nas bilheterias, mas agora fico feliz em dizer: o cara acertou dessa vez. Não espere um filme de terror repleto de sangue, violência e sequências de sustos. «Demônio» é antes de tudo um filme que prende o espectador por colocá-lo na tensão claustrofóbica daquele elevador. Uma ideia simples, transformada em um suspense de primeira.

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