Carey Muligan e Ryan Gosling em cena de "Drive"
Um motorista de Los Angeles se envolve com negócios da máfia e agora precisa escapar ileso e proteger sua bela vizinha Irene (Carrey Mulligan) fazendo o que ele sabe de melhor: dirigir. Seria apenas mais um filme envolvendo dinheiro, carros velozes, violência e mais tantos clichês de filmes de ação não fosse por um detalhe: as várias faces do protagonista.
Na trama, Ryan Gosling dá vida a esse misterioso personagem, conhecido nas ruas apenas como “driver” (motorista). Um sujeito que dirige como ninguém, mas não gosta de chamar atenção. Prefere agir sozinho seguindo suas próprias regras. Seria ele um piloto-dublê que nas horas vagas dirige para criminosos? Ou um piloto-criminoso que nas horas vagas trabalha em um set de filmagem? Não se sabe.
Esse perfil de anti-herói americano, muito comum no cinema de ação das décadas de 80/90, é revisto em “Drive”, com algumas particularidades interessantes. Ao invés de um sujeito que age na base da porrada e dirige loucamente pelas ruas de Los Angeles, o personagem de Ryan Gosling se mostra o tempo todo um sujeito imprevisível, frio e de poucas palavras. Um anti-herói moderno que parece estar muito a frente do seu tempo.
O tom do filme é sombrio, temperado com uma bela fotografia que brinca com silhuetas, espelhos e movimentos de câmera. Em várias cenas não há trilha sonora e nem diálogo. O diretor opta em focar mais na tensão dos personagens do que na adrenalina de mustangs pilotados a 180 Km/h. Amantes de carros e velocidade sentirão falta disso, mas aqui não é essa a proposta. O driver só mostra de fato o que sabe fazer atrás do volante em duas grandes cenas.
“Drive” é um filme sobre um homem refém da sua própria personalidade controversa. O personagem trazido do livro James Sallis é representado em tela de forma corajosa, sem privar o espectador de cenas que vão de um beijo encantador à uma briga repleta de sangue em questão de segundos. Essa dubiedade é o ponto forte do filme. Não crie expectativas, apenas pegue uma carona com o driver e veja o que acontece.
Ps: A soundtrack anos 90 do filme é muito, muito boa. Ouça aqui.
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at 14:33
Eu tenho tentado não criar expectativas em relação a esse filme, mas tem sido difícil. Os comentários que ando lendo são excelentes e só mostram mesmo que esse é um dos melhores longas de 2011. Quero muito conferir mesmo!!!!!!
at 17:59
É verdade tudo isso que vc disse João!
eu gostei, mesmo ele não teno nome, quase não abrindo a boca pra falar.. é um filme diferente, uma «narrativa» diferente.
Eu gostei, mas admito que não fará o gênero de muita gente que gosta de filmes mastigados e previsíveis..etc..
:*
at 2:17
Ótimo filme, totalmente envolvente e simples no mesmo tempo.
A soundtrack realmente é maravilhosa.
at 20:46
Já assisti é é otimo!!