
Os novatos Andrew Detmer, Steve Montgomery e Matt Garetty em cena de "Poder sem Limites"
“Grandes poderes trazem grandes reponsabilidades”. A frase é de outro filme de herói, mas cabe perfeitamente no contexto de “Poder sem Limites”. Se no universo Marvel, Peter Paker teve o Tio Ben para formar o seu caráter e motivá-lo a utilizar suas habilidades para o bem, o filme de Josh Trank mostra o lado contrário, colocando poderes nas mãos de um grupo de adolescentes irresponsáveis. Tal decisão, aliada ao recurso de falso documentário, dá ao filme uma dimensão jamais imaginada para um filme simples e de baixo orçamento.
Na trama, conhecemos Andrew Detmer, um garoto com diversos problemas familiares que possui dificuldades de se relacionar com as outras pessoas. O garoto passa a maior parte do tempo com uma câmera na mão registrando tudo que se passa na escola, em casa e até mesmo nas festas aonde vai. Um dia, após entrar em contato com uma substância misteriosa, Detmer, seu primo Matt Garetty e um colega de classe Steve Montgomery desenvolvem superpoderes e resolvem se divertir com isso.
Estamos acostumados a ver os heróis no cinema de maneira imponente, salvando os civis indefesos das “garras” de super-vilões e coisas do tipo. “Poder sem Limites” parte da ideia de que todo adolescente quer se destacar no meio onde vive. A descoberta e a utilização dos poderes para fins pessoais demonstra a natureza egoísta de todos eles, tal como a necessidade de aparecer e levar vantagem da situação. Vestir um uniforme e sair bancando o herói pela cidade, nem pensar!
Desde que o estilo mockumentary (falso documentário) se popularizou com o sucesso de “Bruxa de Blair” em 1999, diversos filmes de terror e mistério se apropriaram dessa linguagem e deram início a uma enxurrada de filmes do gênero. “Poder sem Limites”, apesar de ser mais um a utilizar o recurso de câmeras amadoras para simular um documentário, é mais corajoso por trazer essa linguagem para um filme de heróis, que em sua grande maioria são superproduções.
No filme, a câmera de Detmer funciona como os olhos do espectador na maior parte do tempo. A sensação é que somos convidados a participar daquelas «travessuras». Somos como o quarto elemento do grupo. Isso é interessante para termos noção do potencial de destruição de uma arma nas mãos erradas. Na onda de tantas adaptações de HQs de super heróis para o cinema, algumas lamentáveis mesmo com grande orçamento, “Poder sem limites” é a prova de que uma ideia simples com boa execução pode gerar um resultado surpreendente.
at 13:27
Bom saber que o filme é bacana. Não estava botando muita fé mesmo… Mas verei em DVD mesmo.
at 11:07
Cara, desde que ouvi sobre o filme na semana de estreias, minha curiosidade só vem aumentando. É só elogios que vejo por aí!
at 10:42
Ja assisti, é muito bom.
at 13:35
Filme muito ruim….
at 14:56
Eu confesso que ri um pouco lendo a sua crítica, João, porque, no texto que eu escrevi sobre este filme (ainda devo publicar no Cinéfila por Natureza), faço o mesmo paralelo que você em relação à figura de Andrew e de Peter Parker. 🙂
Eu acho que “Poder sem Limites” tem uma abordagem narrativa até interessante, mas que se perde nos próprios clichês que o próprio roteiro cria. Me incomodou muito a previsibilidade da trama, em certos pontos, e achei o final muito simples, muito sem surpresas e concluído de forma um tanto apressada…
at 17:14
O que eu mais gostei na verdade foram as soluções encontradas para utilizar o recurso de câmera amadora. O roteiro é bastante simples, é verdade, mas na minha opinião funcionou bem. 🙂
at 20:21
Mto ruim… detestei
at 3:06
Eu assistí no cinema no dia do lançamento e gostei !