Como novo colaborador do Cine Mosaico, estarei falando sobre dois temas no site: Quadrinhos e Games. Para começar, resolvi explorar o melhor exemplo de ambas as mídias – Batman: Arkham City – considerado um dos melhores jogos de 2011.

Batman: Arkham City é a continuação do game de 2009, o Batman: Arkham Asylum, que trouxe uma história envolvente e com uma jogabilidade tão boa que nem parecia ser um jogo baseado em um super-herói. Isso porque jogos de super-heróis geralmente são mal feitos e não apresentam fielmente as características dos heróis.

Desenvolvido pela Rocksteady, esse novo jogo conta uma história ainda mais  espetacular que seu antecessor. Ela se inicia alguns meses depois dos eventos ocorridos no primeiro game.

Neste momento, o Asilo Arkham foi desativado e transferido da Ilha Arkham para o centro de Gotham. Uma parte da cidade foi fechada e transformada num novo modelo do Asilo Arkham, agora batizado de Arkham City, pelo seu antigo diretor e agora prefeito de Gotham, Quincy Sharp. Neste novo complexo estão todos os criminosos de Gotham, desde a mais baixa até a mais alta hierarquia do crime, sendo vigiados pelo psiquiatra Hugo Strange. A partir dessa premissa, eventos aparentemente aleatórios apontam para uma situação em que Hugo Strange corrompe mais ainda os métodos de Arkham City e planeja algo contra toda a cidade.

O jogo incia-se com uma coletiva de imprensa nos portões da cidade presídio com Bruce Wayne pedindo o fechamento imediato da instituição devido ao grande perigo que ela oferece a toda população. Em plena coletiva, a empresa Tyger, responsável pela segurança de Arkham City, sequestra Bruce Wayne e o leva preso direto para Hugo Strange.

Controlando Bruce Wayne até ele vestir seu uniforme de Batman, no alto de um dos prédios da cidade, o jogador tem acesso aos mesmos comandos da sua primeira versão, porém com melhorias óbvias, como o armamento do Homem Morcego já todo liberado. Em determinadas missões, novas armas são adicionadas ao arsenal, muitas delas essenciais para efetuar algumas missões e que exigem ultrapassar etapas adicionais para serem conquistadas. Como grande atrativo dessa versão, a Rocksteady colocou a possibilidade de controlar não somente o Batman, mas também a Mulher-Gato em eventos diferentes em determinadas partes do jogo. Por ser legendado em português desde seu lançamento, o jogo consegue ser ainda mais instigante que seu antecessor.

A jogabilidade ganhou um estilo de jogo mais aberto, perdendo a linearidade que era quase obrigatória. Agora você pode estar em várias missões ao mesmo tempo, definindo quais serão as prioritárias e as secundárias, pode percorrer toda Arkham City, planando com sua capa ou pulando de prédio em prédio com sua bat-corda.

O método de luta ficou mais fluído, com combos mais poderosos e diversificados, podendo utilizar várias armas em uma mesma batalha e ainda conseguir mais XP por uma grande quantidade variações. Não há mais a possibilidade de se esconder nas sombras, por isso, em batalhas contra inimigos armados o planejamento se tornou algo ainda mais fundamental. E planejamento é algo que o jogador deve fazer o tempo inteiro. Existem momentos CSI, onde o Batman precisa elucidar um crime com uma pista que pode ser apenas a trajetória de uma bala ou seguir um rastro de sangue baseado em um composto químico específico.

Para cada vilão uma estratégia diferente, sendo que praticamente todos os famosos e desconhecidos inimigos do Cruzado de Capa estão no jogo. Coringa, Duas Caras, Charada (e suas missões difíceis que fazem jus ao personagem), Sr. Frio, Pinguim, Bane, Ra’s Al Guhl e Hera Venenosa são alguns dos mais famosos. Porém, é possível encontrar o Chapeleiro Louco, Zsaz, Homem-Calendário e Solomon Grundy em algumas fases.

Batman: Arkham City é sem sombra de dúvidas o melhor jogo baseado em um super-herói já feito. Ganhou o título de melhor jogo de 2011 em diversas mídias especializadas, desbancando jogos como Call Of Duty e Battlefield, não somente por todas as qualidades gráficas e de jogabilidade criadas pela Rocksteady, mas também por respeitar toda a história de um personagem em pequenos detalhes.

Esse não é um jogo comum, e sim, uma simulação de como é ser o Batman nas 44 horas de história que lhe são proporcionadas. Definitivamente é obrigatório para todo fã de quadrinhos e de games tentar ser o Batman uma vez na vida.

Pois, “I’m Batman!”

Batman: Arkham City está disponível para PC, Playstation 3 e Xbox 360.

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