A Hora do EspantoVamos falar de uma série que se tornou clássica por trazer os vampiros ao cinema? Não, não é Twilight. A série em questão é a oitentista Fright Night, ou, no Brasil, A Hora do Espanto. O primeiro filme veio em 1985 e introduziu os personagens Charley Webster e Peter Vincent. Webster é um jovem que desconfia do comportamento estranho de seu novo vizinho, Jerry, que ele logo conclui ser um vampiro. Para enfrentá-lo, conta com a ajuda de Vincent, um apresentador de TV e veterano dos filmes de terror. Na sequência de 1988, A Hora do Espanto II, Webster e Vincent reaparecem tentando livrar-se da crença em vampiros, mas, pra sua infelicidade, logo voltam a se deparar com as criaturas.

Para a alegria (ou não) dos saudosos da série e dos fãs de vampiros, A Hora do Espanto ganhou um remake em 2011. O roteiro continuou com Tom Holland e a direção passou para Craig Gillespie. Charley Webster (Anton Yelchin, de Star Trek) é um adolescente que mora com a mãe (Toni Colette) em Las Vegas e está numa fase de mudanças: se afastou dos amigos nerds e namora a linda e popular Amy (Imogen Poots). É um dos seus ex-melhores amigos que o alerta sobre Jerry, o novo vizinho misterioso. Jerry (Colin Farrel) é bonito, charmoso, o típico machão que bebe cerveja, vê TV e flerta com as vizinhas. E, ao que tudo indica, é também um vampiro. Convencido disso, Webster, ao lado da mãe, da namorada e do ilusionista Peter Vincent, tenta destruí-lo.

A reação de muita gente ao ouvir falar em remakes é de receio. Para estes desconfiados, vale dizer que A Hora do Espanto é bem competente ao explorar a fórmula que tornou os filmes originais clássicos: a mistura entre horror e comédia. Além disso, o elenco se sai muito bem. Colin Farrel está bastante convincente como o vampiro Jerry (principalmente nos quesitos charme e beleza, hihi), Anton Yelchin é um protagonista carismático, e David Tennant, que interpreta Peter Vincent, o faz de forma bem divertida. Ademais, tem Toni Colette. E todo mundo sabe que qualquer filme ganha crédito com a presença de Toni Colette. Se há um porém para o filme é o de se tornar cansativo da metade pro final, quando aposta menos no suspense e mais na ação, deixando de lado a trama e os diálogos, elementos muito bem explorados na primeira parte.

Uma curiosidade: o ator Chris Sarandon, o vampiro Jerry do filme de 1985, faz uma participação especial. Ele é o motorista que aparece na estrada quando Charley, Amy e a Sra. Webster estão fugindo do Jerry do Colin Farrel. O que é interessante porque acaba havendo um enfrentamento – ao menos simbólico – entre os dois «Jerry’s».

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