Escritores da Liberdade (Freedom Writers)No ano de 1994 a cidade de Long Beach, Califórnia viveu um dos piores momentos de sua história. A intolerância racial entre gangues rivais provocava uma violenta disputa de território e o conflito se estendia para todos os setores da sociedade. É nesse contexto que somos apresentados à Woodrow Wilson High School, uma das escolas mais corrompidas pela violência e tensão racial. Esse que seria o cenário de uma grande história de aprendizagem e transformação.

Em “Escritores da liberdade”, Hilary Swank é Erin Gruwell, uma professora que apenas com a própria determinação e um toque de criatividade conseguiu transformar uma classe com alunos de menor desenvolvimento estudantil em um grupo com voz própria e autoestima. Erin tem que lidar com uma série de dificuldades incluindo uma classe heterogênea, problemas familiares e os conflitos dentro e fora dos limites da escola.

Outro ponto interessante que vale ser destacado é a direção escolar mostrada no filme, que assume uma postura estática e determinista que não contribui para a mudança. Não promove a busca por uma identidade, não abre espaço para o diálogo com as diferenças e limita a ação do professor por acreditar que os alunos são incapazes de aprender.

Baseado no best-seller “O diário dos escritores da liberdade”, o filme aborda os desafios do processo pedagógico num ambiente corrompido pela marginalidade e repleto de limitações (técnicas, administrativas). Apesar de o filme se apoiar em diversos estereótipos e trazer uma protagonista que parece boa demais para ter existido de verdade, o resultado final agrada e consegue passar a mensagem com eficácia.

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