Poucas vezes o título de um filme expressa tão bem o conteúdo do mesmo. Confiar, drama dirigido por David Schimmer (o Ross Geller do seriado «Friends»), é um retrato das relações familiares na «era da internet» que enfatiza a confiança de pais e filhos na hora de lidar com essa poderosa ferramenta de informação.
No filme, Will (Clive Owen) e Lynn (Catherine Keener) são os pais de Annie (Liana Liberato), uma adolescente de 14 anos que está na fase das descobertas. Assim como a maioria das garota de sua idade, Annie quer parecer mais velha para ser aceita entre as colegas de escola, e como isso não é tão simples Annie se sente insegura em relação a si mesma.
Nesse momento de fragilidade, a garota inicia um relacionamento virtual com Charlie, um jovem da Califórnia que afirma ter 16 anos. Após muitas conversas através de chat e longas ligações telefônicas, a garota resolve encontrá-lo pessoalmente sem o consentimento dos pais. Para a surpresa de Annie, o seu amigo virtual não era exatamente como ela imaginava e isso vai trazer consequências trágicas para ela e para a família.
O meu maior medo em relação a esse filme era vê-lo transformar a internet em um «vilão» moderno que deve ser vigiado, censurado e controlado pelos pais. Felizmente o que se vê é justamente o contrário. O filme incentiva o diálogo entre pais e filhos, fazendo um paralelo entre a baixa autoconfiança de Annie e a desatenção dos pais num momento crucial de sua adolescência (coisa que acontece a cada minuto).
Sob a direção segura de David Schimmer, o filme funciona como um poderoso alerta para os pais e autoridades sobre um tema atual e que merece uma atenção maior, principalmente por ainda não haver (pelo menos no Brasil) uma legislação bem formulada para crimes virtuais. «Confiar» é indispensável para promover uma discussão sobre esse tema e deixa claro (principalmente na última cena) que essa é uma realidade muito próxima de todos nós e ninguém está imune ao que é mostrado em tela.
at 14:16
foi esse que você disse no twitter ter sido um dos melhores do ano? tá no cinema agora? acho que vou ver, parece interessante.
quando comecei a ler também pensei que seria algo do tipo "demonização da internet", mas que bom que não é. lembrei do meu pai me dizendo um dia desses – e veja bem, eu tenho 23 ANOS – pra tomar cuidado com "esse negócio de internet" hahah
ah, e adoro a Catherine Keener, então é mais um motivo pra ver 🙂
at 14:27
Foi esse sim Deise. O filme é bem interessante e me surpreendeu positivamente. Esqueci de dizer no texto que Clive Owen e Catherine Keener arrasam como pais da garota.
=)
at 20:18
Eu quero ver, mas vou esperar o lançamento em DVD. Certeza que este filme não chegará em minha cidade….
Abs.
at 0:02
É uma pena Alan. Quando tiver a oportunidade veja sim.
at 1:26
Curioso perceber como o David Schwimmer, pós-Friends, se encontrou como diretor. Esse filme tem uma premissa muito interessante e, pelo jeito, faz uma discussão que faz jus a esse tema, que é delicado e merece nossa atenção. Quero conferir.
at 1:30
Acho que passa o recado sim, mas eu não gostei taaaaaaaaaanto. Achei apenas regular.
at 12:29
É isso mesmo Kamila. Ele traz uma discussão muito interessante.
at 12:30
Entendo Marcio. Acho que gostei mais pq eu não esperava muito do filme, apesar da temática.
at 19:26
Estou curioso para conferir, tanto pela história como pela direção de Schwimmer, que parece ser uma boa surpresa.
Até mais
at 19:42
É sim! Espero que goste.