Nova década, novas regras.Ou, talvez, as regras não sejam tão novas assim.
No último dia 15, Pânico 4 estreou nos cinemas de todo o mundo e, assim, onze anos depois do último filme da série, o Ghostface está de volta. A direção continua sendo de Wes Craven, e o roteiro de Kevin Williamson (responsável por todos os roteiros da franquia, com exceção do Pânico 3).
A história se passa na velha conhecida Woodsboro, quando Sidney Prescott (Neve Campbell) volta à cidade natal para lançar Out of the Darkness, livro de auto-ajuda de sua autoria. O retorno de Sidney – conhecida entre seus conterrâneos como «Anjo da Morte» – desperta um novo massacre, que tem início no núcleo de amigos de sua prima Jill (Emma Roberts).
lém dos veteranos (ou melhor, sobreviventes) – a jornalista Gale Weathers (Courteney Cox), o policial Dewey (David Arquette), e a própria Sidney – há também novas personagens. O filme apostou, para a composição do elenco, em estrelas de seriados famosos. É o caso de Hayden Panettiere (Heroes), Kristen Bell (Veronica Mars), Adam Brody (The O.C), Anthony Anderson (Law and Order) e Anna Paquin (True Blood).
Com tantas caras novas, e se esforçando em captar os efeitos da passagem dos anos, o filme procura se apropriar de elementos contemporâneos: para o Ghostface ficar só no telefone é coisa da década passada. Agora ele usa o facebook e aplicativos do iPhone para amendrontar ainda mais as suas vítimas. É assim que temas como a superexposição e a fama trazidas pela internet ganham destaque. E tudo isso é abordado de modo metalinguístico e quase didático (como na cena em que um grupo de nerds cinéfilos traça o perfil do serial killer do nosso tempo).
Além da adição dos elementos tecnológicos (o filme parece, a todo tempo, querer nos dizer: «chegamos ao século 21»), não há nada de muito novo. Os sustos continuam óbvios e a fórmula é a mesma de sempre, sendo agora usada de forma debochada e caricatural. Os traços de comédia, por exemplo, que sempre foram característicos da série, mostram-se desnecessários em alguns momentos. Na ânsia de agradar e conquistar o público o roteirista exagerou na dose, tornando o humor um recurso fácil e banalizado. Surpresa e susto mesmo só o que levamos quando vemos o resultado das plásticas da atriz Courteney Cox.
Seja como for, para os fãs da franquia – e aqui eu me incluo – o retorno da série é motivo de felicidade, assim como a promessa de uma nova trilogia é motivo de expectativa. E alguns bons momentos nos fazem recordar o porquê da série Pânico ser uma peça importante do cinema de suspense e terror. A cena em que Kirby, a carismática personagem de Hayden Panettiere, cita todos os remakes de terror já feitos – simbolizando a reverência ao gênero e a metalinguagem que são características desde o primeiro filme – é um desses bons momentos. E se um sujeito de voz rouca me telefonar perguntando qual o meu filme de terror preferido, certamente respondo Pânico (ok, vem logo depois de O Bebê de Rosemary e O Nevoeiro, mas já é alguma coisa).
at 14:35
Vou tentar ver os três primeiros, para então conferir este 😀
at 15:13
Eu fiz a mesma coisa, Alan. 🙂
É bom pra entrar no clima (e, no meu caso, que tenho memória curta, pra relembrar também).
at 0:03
Divertido, sobre ri de si próprio, atualizou a franquia. No geral valeu muito a pena
at 11:11
Gostei bastante do filme. Exagera na metalinguagem, mas diverte bastante, e tem alguns momentos geniais, como a abertura. Ótimo texto!
http://cinelupinha.blogspot.com/
at 0:57
Oi, Deise. Ainda não tinha lido uma análise sua sobre um filme. Muito legal mesmo! Pena que não posso concordar nem discordar, pois ainda não vi o longa. Grande beijo!
at 1:13
Achei um filme bem espirituoso, divertido e que sabe rir dos clichês do gênero.
at 18:30
Eu me diverti bastante no cinema. Eu, um espectador old, rs!
Abs.
RODRIGO
at 2:48
Oi,
Gostei muito da postagem!!
Abraços…
Kleber
oteatrodavida.blogspot.com
at 11:01
Divertido, sobre ri de si próprio, atualizou a franquia. No geral valeu muito a pena