Talvez “chorar” não seja o termo mais apropriado para a ocasião, já que os filmes listados abaixo não me despertaram tamanha reação. «Ódio» pode ser uma palavra igualmente forte para esse momento. O texto a seguir é apenas para expressar a minha indignação (essa é a palavra) contra alguns filmes que abusaram da minha boa vontade. Aquela esperança de achar alguma coisa boa no filme (mesmo tendo indícios contrários) que foi por água abaixo logo após os créditos. Não levem para o lado pessoal:

Rota comando (2009)
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Filme baseado em fatos reais e enfatiza as principais ocorrências da Rota (a polícia de elite de São Paulo), contando a história de três criminosos que se deram mal por aterrorizar a cidade.

Pegar carona no sucesso do primeiro Tropa de Elite (ambientado no Rio de Janeiro), mostrando as ações da polícia ROTA em São Paulo.

O resultado dessa imitação descarada trama é lamentável. Imagens de baixa qualidade, exagero nas cenas de violência, textos ruins e atuações piores ainda. Eu não sei como eles tiveram coragem de lançar mais esse subproduto da violência urbana. Ah! E a «punição» para o policial da ROTA que vacila é ridícula. Tem que ver isso aí.

Dragon Ball Evolution (2009)
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A história acompanha Goku, um jovem adotado e treinado pelo mestre de artes marciais, o avô Gohan. Uma noite, enquanto Goku está em uma festa da sua amada, Chi-Chi, o Vovô Gohan é atacado por Piccolo, que estava à procura de uma das Esferas do Dragão. Goku volta a encontrar seu avô adotivo e ele acaba morrerendo em seus braços, mas não antes de dizer para ele procurar seu próprio mestre, Roshi, e um aviso secreto relacionadado ao eclipse, as Esferas do Dragão, Piccolo e seu servo perdido, Oozaru.

Dragon Ball foi um dos animes que mais fez sucesso nos países do ocidente (sobretudo no Brasil). Uma adaptação resumida live action da saga de Goku e cia seria a oportunidade perfeita da Century Fox ganhar dinheiro se aproveitando dos fãs desavisados levar esse grande sucesso para o cinema.

Ok, esse deu vontade de chorar mesmo. Eu cresci vendo Dragon Ball. Sei que a série tem seus defeitos e alguns episódios são pura enrolação, mas os personagens são legais (admita) e até isso o filme conseguiu estragar. Parece que chamaram qualquer cara, espetaram o cabelo dele e disseram: “Pronto, meu filho. Agora você é o Goku, senta lá”. Lamentável.
[Leia a crítica (revolts) do Cine Mosaico sobre Dragon Ball Evolution]

O caçador de pipas (2007)
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Kabul Amir (Zekeria Ebrahimi) e Hassan (Ahmad Khan Mahmidzada) são dois amigos, que se divertem em um torneio de pipas. Após a vitória neste dia um ato de traição de um menino marcará para sempre a vida de ambos. Amir passa a viver nos Estados Unidos, retornando ao Afeganistão apenas após 20 anos. É quando ele enfrenta a mão de ferro do governo talibã para tentar consertar o ocorrido em seu passado.

O livro “O Caçador de Pipas” teve mais de 8 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, sendo mais de 1 milhão de cópias vendidas no Brasil. Precisa dizer mais alguma coisa?

É um sucesso, ok. Um Best-seller, beleza. Agora eu pergunto: “e daí?”. Certas histórias deveriam permanecer nas prateleiras das livrarias. Quando o cinema americano resolve lançar o seu olhar sobre a cultura e os valores do povo do Oriente Médio, o que temos é esse filme meloso-oportunista, não mais.

A Rede Social (2010)
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Em uma noite de outono em 2003, Mark Zuckerberg (Jesse Eisenberg), analista de sistemas graduado em Harvard, se senta em seu computador e começa a trabalhar em uma nova ideia. Apenas seis anos e 500 milhões de amigos mais tarde, Zuckerberg se torna o mais jovem bilionário da história com o sucesso da rede social Facebook. O sucesso, no entanto, o leva a complicações em sua vida social e profissional.

Aproveitar o hype da rede social que mais cresce no mundo atualmente. A criação do facebook, que hoje conta com mais de 500 milhões de usuários, é uma história que desperta a curiosidade de todos que estão inclusos na era da Web 2.0.

 

Cai na mesma categoria do exemplo anterior. Grande sucesso, muitos prêmios, muito burburinho e um não-exemplo de vida a seguir. Quem acha normal o que o Sr. Zuckenberg fez com o brother, provavelmente faria o mesmo para conseguir 500 milhões de «amigos» (põe aspas nisso) e alguns bilhões na conta. O que mais me espantou em toda essa presepada (faz tempo que não vê essa palavra, hein) é que estamos falando de um filme de David Fincher, responsável por Seven, Clube da Luta e Benjamin Button. Filmes que não foram tão (super)valorizados, apesar de serem infinitamente superiores em termos de história.
[Leia a crítica (amigável) do Cine Mosaico sobre A Rede Social]


Eu sei quem me matou (2007)
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Lindsay Lohan vive Aubrey, garota que acaba sendo presa e mutilada por um sádico Serial Killer. A garota consegue escapar sem uma das mãos e sem uma perna, e acorda em um hospital. As coisas se complicam quando a garota acorda e revela que seu nome é Dakota, não Aubrey, e ela precisa convencer todo mundo que está certa e tem que salvar a própria vida e a vida de Aubrey.

Sinceramente, eu não sei.

 

Não seria exagero dizer que esse foi o pior filme que eu já assisti na vida (quase empatado com “Caótica Ana”). Lindsay Lohan em sua pior essência protagoniza esse drama-suspense-terror-thriler-romance (repita isso sete vezes) onde o meio é o início e o final não faz sentido. Aliás, nada faz sentido nessa bomba – e olha que nessa época as dorgas não estavam tão presentes na vida de Lind…

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Todos esses filmes tem algo em comum. Aquele pensamento «quero meu tempo e dinheiro de volta» ficou na minha cabeça ao final de todos eles. Alguns pela qualidade técnica (ou falta dela), outros pela história que não me agradou. Nunca é demais lembrar que a lista expressa a minha opinião. Se concorda diz amém. Ou não.

Quais foram os filmes que te fizeram «chorar» de ódio? Diz aí.

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