Pois é, o título do post é bem auto-explicativo: são tempos difíceis para os amantes do suspense e do terror. Não que eu entenda sobre o gênero a ponto de poder fazer uma avaliação acerca dos seus bons e maus momentos, mas sou uma fã, e uma fã que vem se decepcionando bastante. Desenvolvi o gosto por filmes de terror na adolescência e volta e meia sou tomada por uma vontade incontrolável de ver filmes desse tipo. O problema é que, diante de alternativas tão ruins, fica difícil saciar essa vontade. O resultado das minhas buscas normalmente resultam em verdadeiras «bombas»: filmes de péssima qualidade (em todos os sentidos: técnica, elenco, roteiro, TUDO).

É tão grave a situação que uma das estratégias que adotei para, pelo menos, tentar minimizar os riscos na hora de alugar um filme de terror/suspense é conferir se há algum ator mais famoso ou minimamente conceituado compondo o elenco. Tudo para driblar as chances de encontrar mais uma daquelas fitas em que as cenas de sexo são praticamente dignas de filmes pornôs (cenas de sexo: nada contra; cenas de sexo como disfarce para mediocridade e inexistência de roteiro: tudo contra). Não há muita perspectiva: os filmes novos, na maioria das vezes, são produções ruins, de quinta categoria mesmo. Os clássicos também não são uma alternativa, porque é difícil encontrá-los em DVD (até mesmo a série Pânico, que nem é tão antiga, só é encontrada em VHS – pelo menos na locadora em que consultei).

Mas, às vezes, certos filmes nos felicitam com a sensação de que nem tudo está perdido. Dia desses, por exemplo, vi «O Nevoeiro» (EUA, 2007), que entrou fácil pra minha lista dos melhores dentre os melhores do gênero. Algumas promessas para os próximos dias são «O Ritual» (EUA, 2011), que já está em cartaz por aqui, e o novo filme do Daniel Craig com a Rachel Weiz, Dream House, que só deve estrear no Brasil em novembro. E devo admitir que também estou muito ansiosa por Pânico 4.

 

Talvez uma boa dica para os que buscam bons filmes e não querem cair em armadilhas é buscar algumas adaptações cinematográficas da obra do escritor estadunidense Stephen King. Desde «Carrie, a estranha» a «O Iluminado«, passando pelo próprio «O Nevoeiro«, são várias as adaptações, diversas delas muito bem feitas. Outra coisa legal que fiz recentemente foi consultar a literatura especializada. Dia desses me deparei numa livraria com o livro501 filmes que merecem ser vistos, lançado em 2009. Nem precisei comprá-lo, sentei, abri na seção «terror» e copiei vários títulos, que estou baixando agora.

Muita gente não gosta do gênero, e se irrita com os clichês que existem: mocinha que corre como se estivesse na São Silvestre mas que, ainda assim, é alcançada pelo serial killer que caminha a passos lentos, escolhas pouco seguras na hora de escapar etc etc etc, mas quem gosta de terror e suspense ama os clichês. Reclamar dos clichês do suspense e do terror é como reclamar que num musical os atores cantam a todo momento. Mas, tudo bem, né? Quem não gosta segue não gostando, e quem gosta – como eu, fã alucinada – segue amando e torcendo pra que bons títulos cheguem nos próximos anos.

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