Tropa de eliteEssa é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, datas e acontecimentos reais terá sido apenas coincidência. (será?)

Sabe aquele filme violento, contestado por muito pseudocults e «defensores» dos direitos humanos e tachado por muitos como fascista? Pois é, ele está de volta. Confesso que tive medo da continuação de Tropa de Elite, talvez por ter construío uma boa imagem do primeiro filme e achar justo o seu enorme sucesso (apesar da pirataria). Porém, o diretor José Padilha de forma impecável, mostra ao espectador um local tão sujo e perigoso que nem o BOPE entra, o governo.

«Tropa de Elite 2» dá um verdadeiro tapa na cara (estilo BOPE) nos homens que são pagos para combater a injustiça e a violência mas na verdade formam alianças com o tráfico e apadrinham as milícias, o subtítulo «O inimigo agora é outro» trata justamente disso. Após ser promovido à subsecretário de segurança pública do Rio de Janeiro, o tenente coronel Nascimento (Wagner Moura, VIPS O Homem do Futuro) acha que pode resolver todos os problemas relacionados a segurança transformando o BOPE em uma verdadeira máquina de guerra. O problema é que há muitos interesses escondidos e no desenrolar da história, a máscaras dos verdadeiros «culpados» começam a cair.

O roteiro de «Tropa de Elite 2» foi escrito com base no best-seller Elite da Tropa do escrito em parceria por Cláudio Rodrigo Pimentel, ex-capitão do BOPE, André Batista, major da Polícia, Cláudio Ferraz, delegado, e pelo antropólogo Luiz Eduardo Soares. Juntos, os quatro criaram uma história baseada em fatos e acontecimentos – a CPI das Milícias na Assembleia do Rio de Janeiro, os inquéritos, as ações criminosas, além de histórias colhidas ao longo das pesquisas – e personagens reais – cujos nomes foram mudados a fim de evitar processos judiciais.

Uma pena que o lançamento de «Tropa de Elite 2», previsto inicialmente para agosto, foi adiado para outubro após o primeiro turno das eleições, aliás essa mudança não foi questionada por José Padilha em nenhum momento. Parece que o mesmo já previa a polêmica e discussão que a sequência de Tropa de Elite fomentaria nas universidades, escolas, em redes sociais na internet e até mesmo nas conversas entre amigos. Os bordões do Capitão Nascimento e cia. deram lugar a um discurso muito mais amadurecido, onde o principal alvo são os políticos, (as maracutaias) e a politicagem que envolve o poder público brasileiro.

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